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Toiros de Morte

Legal ou ilegalmente, tiveram, lugar no Campo Pequeno corridas com toiros de morte, que provocaram acesa discussão fora da praça entre grupos pró e contra e grande entusiasmo entre aqueles que a elas assistiram. A estes sucessos ficou ligado o nome do coronel Ferreira do Amaral, Comandante-Geral da Polícia de Segurança Pública que, entre 1927 e 1933, em muito ajudou à realização destes espectáculos, alguns dos quais com fins beneficentes para a Caixa de Pensões da própria PSP.

A 12 de Junho de 1927, o matador espanhol Fausto Barajas e o mexicano Juan Armillita exerceram, de facto, a sua profissão no Campo Pequeno, ao estoquearem toiros de João Coimbra, ao passo  que o cavaleiro António Luís Lopes deixou o seu nome ligado à lide e morte de dois toiros de Palha Blanco. As grandes figuras destes tempos, como os espanhóis Marcial Lalanda, Domingo Ortega, Manolo e Pepe Bienvenida, ou o mexicano Luís Freg foram, em efectividade, matadores de toiros em arenas portuguesas, designadamente na primeira praça do país, até que um decreto de 1933 proibiu, em definitivo, as corridas com toiros de morte, em Portugal.

Igualmente estoquearam toiros no Campo Pequeno, mas ao arrepio da lei, os matadores portugueses Manuel dos Santos, em 3 de Junho de 1951, António dos Santos, a 29 de Setembro de 1959 e José Falcão, a 20 de Julho de 1974, semanas antes de falecer em Barcelona (11 de Agosto de 1974) nas hastes de "Cuchareto", da ganadaria de Hoyo de la Gitana.